sábado, janeiro 27, 2007

Cansam-me os dias sem ti.
É na altura em que o meu corpo teima em lembrar-te que sinto este arrepio na pele por saber o sabor da tua língua, a doçura dos teus lábios, o calor ardente impelido por este desejo de nós, de nos consumirmos em gotas de suor tão cálidas que nos tiram o fôlego, por gritarmos mais um orgasmo.

Foto: Thoenen Walo

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Quando amanhece penso:
Encontro-te no vento
virás abraçar-me como os ramos de uma árvore
A distância do meu corpo ao teu grito
corresponde à do teu sopro ao meu ouvido -
eis a anatomia do silêncio
À noite adormecemos:
Será que te lembras? Será que me lembro?
Amanhã alegro-me de novo:
Imagino a floresta, parto o espelho
e recomeço a ir ao teu encontro.
Teresa Balté
Foto: Fritz Fabert

domingo, janeiro 14, 2007

Tenho saudades do teu sorriso...
São tantas as sensações boas que guardo do tempo em que te via, que me despertas os sentidos e sorrio também.
Foto: Jean-Paul Nacivet

sábado, janeiro 13, 2007

Gostava que te visses através dos meus olhos...
Tu olhas-me como nunca ninguém me olhou.
Tu vêes-me, por fora e por dentro, até ao fundo de mim. Gosto quando me olhas, me procuras e descobres os meus recantos, as minhas janelas, sombras e vontades.
Contigo não me importo de Ser, porque tu perdes tempo para me olhar e para me Ver.
A tua vontade de me conhecer o âmago enche-me a alma, alimenta-me o espírito e faz cada segundo passado contigo tão especial e completo, que deixa de importar o antes ou o depois, vivendo apenas o Agora de Nós, construindo uma "nossa" história.
Não me importa quantos momentos, vários momentos, quero apenas Agoras.
E no fim, depois de mergulhar em ti, na minha e na tua vontade sinto-me feliz por me conseguires adivinhar como ninguém, me leres as entrelinhas e estares atento ao que muitas poucas almas notam e perdem tempo para ver.
No fim o peito repleto, porque depois de me leres ainda te apetece um lindo sorriso só para mim...
Os nossos Agoras fazem-me feliz!
Foto: Karin Rosenthal

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Queria poder voltar atrás para abraçar um pouco mais aquele momento que foi nosso.
Foto: Fa

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Dizes que vivo com base nas definições que faço de vontades do momento e que tenho para mim que a minha ideia é única, mas de que valeria a minha vida se não a sentisse em cada momento? Sinto-a em momentos bons e menos bons e vivo com tudo isso. O que seria eu, se não definisse tudo o que me rodeia com base naquilo que sinto e em tudo o que isso me traz?!...
Sim, assumo que gosto de viver a vida e cada momento que consigo degustar até descobrir cada ingrediente... Se por acaso é aquilo que vivo que define a minha visão e que me define a mim, gosto disso, de ser fruto de uma história que vou escrevendo e ter o sabor dos momentos em que mais vivi.
Se por acaso vieste espreitar, este post dedica-se a mim, nunca a ti ou a mais ninguém. Não é uma resposta é apenas a certeza que o meu lado é certo para mim e apenas para mim e é isso que me importa!

sábado, janeiro 06, 2007

Há muito tempo
um olhar,
percebi que me sentiste.
Senti mais, muito mais.
Fugimos um do outro
sempre mais
ausentes demais.
Por que não preferimos o menos?

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Morte violenta às saudades deste peito.
Desembainho o punhal
num frio metalizado e
salivo-lhe a ponta.
Sinto já a cor viva do sangue
a pulsar dos meus poros
à procura do sabor
leve a liberdade.
Desnudo-me lenta
e ardente
na imagem deste
espelho desmaiado
e por fim a
saliência da carne
e a mão que agora treme
trespassa-me de lado a lado
repetida
sôfrega
gemida
num prazer nunca antes
assim apreciado.
...
Quando então percebo
que o punhal era pena
e o sangue
vocábulos engasgados.
Desmancharam-se sonhos molhados
depois os olhos os abraços nos lábios
pousou uma sede antiga e uma
lembrança pardacente é o que guardo
de mais inteiro. Deixei de procurar-te
em lugares improváveis e em todas as palavras
que me cortam agora em dois.
por palavras de PEDRO in http://sinkships.blogspot.com/
Naqueles momentos em que fico muito quieta, o peito grita um sussurro surdo por saber que tu existes e eu saber como é existir contigo.
Inundam a memória os momentos nossos dos quais conhecemos o sabor porque estivemos lá e nos permitimos viver.
Lembro o teu sorriso, a tua expressão serena a dormir ao meu lado, a vida que era tua e ma deste para dela desfrutar o que quisesse. Daí o meu à vontade, a minha vontade de viver no meio das tuas coisas, dentro de cada dia teu.
Devia ter escrito na parede imaculada à cabeceira da tua cama para ainda aí me teres. Às minhas palavras, ao meu sabor, ao meu cheiro e calor. Mas naquele momento só me parecia que aquele era o caminho certo, o sítio onde pertencia e que viveria o nosso despertar em cada manhã tantas outras vezes...
Foto: Mário Vidor

quinta-feira, janeiro 04, 2007

"Quanto" prazer pode existir na (não) concretização das nossas vontades?!...
Apenas porque te senti...
Foto: Antoine de Villiers
O mergulho no teu olhar,
a energia que pulsa dos
nossos corpos.
O teu toque
tão quente
aquece a minha pele
suave, macia
como as minhas palavras
sussurros na noite,
nossa cúmplice.
Sinto-te a respiração
ofegante pela
proximidade.
As minhas mãos dançam
pelo teu pescoço
em arrepio.
O sopro do teu
desejo, agora
mais forte.
Os meus lábios nos teus
e então, suspiras
entregas-te e o teu
corpo estremece
pela luta que vai dentro.
Gosto tanto de te sentir.
O beijo, o corpo,
a nossa descoberta
de cada pedaço de pele,
de cada novo arrepio
e um gemido fundo
profundo
como o teu desejo no meu.
Primeiro vagaroso, saboroso
e depois insaciável, urgente
de nós
do corpo,
do prazer líquido que
expressamos nas ondas
de nós e são gotas de suor
que escorrem pela pele
cálida e arfante de ti.
Dizes que queres que seja feliz...
Contigo, assim, não preciso de me "esforçar".
Foto: Thoenen Walo

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Nestas noites o meu corpo transpira pelas tuas mãos atrevidas nas minhas coxas, a tua língua nos meus seios e o teu sexo no calor húmido da minha vontade.

Foto: Quark