sexta-feira, janeiro 05, 2007

Morte violenta às saudades deste peito.
Desembainho o punhal
num frio metalizado e
salivo-lhe a ponta.
Sinto já a cor viva do sangue
a pulsar dos meus poros
à procura do sabor
leve a liberdade.
Desnudo-me lenta
e ardente
na imagem deste
espelho desmaiado
e por fim a
saliência da carne
e a mão que agora treme
trespassa-me de lado a lado
repetida
sôfrega
gemida
num prazer nunca antes
assim apreciado.
...
Quando então percebo
que o punhal era pena
e o sangue
vocábulos engasgados.