segunda-feira, janeiro 15, 2007

Quando amanhece penso:
Encontro-te no vento
virás abraçar-me como os ramos de uma árvore
A distância do meu corpo ao teu grito
corresponde à do teu sopro ao meu ouvido -
eis a anatomia do silêncio
À noite adormecemos:
Será que te lembras? Será que me lembro?
Amanhã alegro-me de novo:
Imagino a floresta, parto o espelho
e recomeço a ir ao teu encontro.
Teresa Balté
Foto: Fritz Fabert