segunda-feira, novembro 28, 2005

Bem longe de palavras...

Afinal o que queres? Queres que te esqueça? Contigo só conversa de treta, diálogos ambíguos, dúvidas, inconstâncias... Sentimentos que se perdem? Ou medo de enfrentá-los?!... Olha-te ao espelho, enfrenta o que realmente és e deixa de lado essa cobardia que disfarça e esconde o que queres mesmo mostrar. Não percebes que quanto mais escolhes o momento e a pessoa certa para o fazeres, mais impossível se torna de ser genuíno, natural ou tão pleno como procuras?!... Dizes que temos palavras por partilhar! Mas queremos mesmo falar? Há alguma coisa que ainda caiba em palavras para definir? E apetece falar disso? Já apeteceu talvez... Mas se não há mais nada para falar para quê fingir que importa se falamos ou não?!...

sábado, novembro 26, 2005

Alguns instantes

De ti lembro a atracção, a vontade de corpo, o olhar, a forma dos lábios e o calor da língua. Os abraços que me aquecem, o modo como os corpos encaixam e o quanto alimentaste alguns momentos. Gosto das sensações memória que deixaste, da riqueza dos instantes e do quanto fizeste flutuar a minha imaginação...

sexta-feira, novembro 25, 2005

Devias estar aqui para ver o meu olhar indiferente, segurar a minha mão fria e provar o amargo dos meus lábios.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Na cama

Hoje ao chegar à minha cama só queria encontrar-te no meio dos lençois, a ti e ao teu cheiro. O teu calor no leito que me abarca e acarinha o corpo e os meus músculos a relaxar devagar. A tua barba que roça a almofada, a tua cara tão perto da minha e o nosso olhar penetrar bem dentro.
Queria descansar o meu peito sobre o teu, os teus braços quentes e fortes receberem-me e a tua voz ensonada e rouca a pedir para ficar por perto.
Sonho-te em momentos tão mornos...

terça-feira, novembro 22, 2005

Não quero pressas, quero a calma dos sentidos...

segunda-feira, novembro 21, 2005

Escolhes não me ver ainda que eu fique à tua frente...
E mesmo assim ainda desejo olhar os teus olhos, ouvir as tuas palavras, sentir-lhes a forma e saborear o teu cheiro num abraço demorado, como o meu olhar quando te encontra.
Ainda que escolhas não me ver e ainda que as tuas razões sejam adivinhadas, pouco certas e demasiado turvas, eu receio perder-te de mim e sossegar o quanto te desejo e quero estar perto.
Cada vez mais longe e indefinido és para mim quando te queria tão perto, tão meu, naquele tempo e lugar...

sábado, novembro 19, 2005

Danço... Tu olhas-me e o corpo pede corpo. Danço contigo... primeiro ao som da música, depois ao ritmo dos nossos corpos que se recebem, entendem, vibram e confundem. Já não precisamos de nada que nos rodeie, somos só exaltação que nos embala, envolve e acaricia... Quero tocar-te conforme a vontade peça e dançar no teu corpo quente, suave e forte... Olhares cúmplices, palavras molhadas... Enrolar no corpo, desenrolar do corpo, acordar a pele, carícias e mãos demoradas. Corpos ardentes, molhados, o cheiro quente, calor nas coxas, colar as coxas, trocar sentidos. Fechar os olhos e sentir o meu corpo no teu envolvido, embalado, entregue...

quinta-feira, novembro 17, 2005

Dizem, como tu também já me disseste, que o meu olhar brilha quando as minhas palavras te acarinham. E a verdade é que para mim não é nada difícil encontrar as palavras para falar de ti, porque te sorvi e entranhei bem dentro.
No entanto, queria encontrar novos vocábulos para te desenhar em mim... Queria ter-te para mim por um momento demorado para descobrir os termos certos de ti, sabe-los por usar a mímica, fazer novos gestos, alimentá-los, inventá-los em ti e ver como o teu corpo reage, se a tua pele transpira vontade, receber a tua resposta, apreciar-lhe o sabor, absorvê-la e traduzi-la à minha maneira.
Gostava de te reescrever para ganhares novos significados...

quarta-feira, novembro 16, 2005

Pequena

Acordei da paz e da tranquilidade que envolvem o mundo que criei para conseguir viver neste, porque a realidade por si só nunca me chegou.
Despertei abruptamente através do dossel quente multicor, como acontece nos pesadelos que nos perturbam mesmo depois de acordarmos. Senti o coração a bater rápido, o pulso acelerado, senti-me pequenina de novo como quando fazia uma asneira e o mundo podia muito bem desabar só por minha causa!
É engraçado como sou tão menina nestas alturas e sempre que um pesadelo de cores cinzentas vem tirar o cor de rosa dos meus dias, só preciso de uns braços para onde correr muito rápido, esconder-me lá no meio e por lá ficar até ter coragem de olhar de novo este mundo onde sou uma mulher...
Hoje na altura que me o meu coração bateu tão rápido, só queria ter os teus braços para me apertar, as tuas mãos para me afagar os cabelos, o teu olhar confiante e o teu sorriso com a certeza que estarias ali.
Queria que me abraçasses e numa voz rouca, cheia de ternura me perguntasses se estava bem.
No entanto não te o vou dizer, estou habituada a impor-me resolver tudo sozinha. Mas a verdade, digo agora que não me podes ouvir, no dia que me abraçares assim... tudo estará bem.

terça-feira, novembro 15, 2005

Sonho real?!...

Esta noite a cama está fria, vazia, imensa. Não é fácil não te lembrar, é bom!
Os momentos que degustei contigo aquecem-me a alma, molham-me os lábios, fazem dançar a minha língua, unem as minhas pálpebras, volta o teu cheiro, o toque suave das tuas mãos tão quentes na minha pele, os teus braços imensos que me envolvem, tão perto de mim... As minhas mãos percorrem o caminho das tuas, o meu corpo tão teu... O arrepio da pele, o tremor do corpo quando lembro que também me desejas.
Quero-te entregue como eu neste momento que me aquece.

sábado, novembro 12, 2005

Ontem sentia...

Queria perder-me em ti...
Agora quando passas perto o meu corpo estremece e gosto de te sentir assim com um frio na espinha e o coração desconcertado. No entanto, não te sinto com a mesma "força" e já não sei se ainda queres que o meu corpo se envolva com o teu. Mas, provavelmente isso não importa desde que o nosso olhar se volte a encontrar, para quem sabe nos perdermos nas minhas (nossas?) fantasias.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Um encontro ao acaso, a vontade de estar junto. Um olhar ao longe, depois bem perto e os corpos que gritam urgência, desejo.
Sentir o olhar quente em mim, a vontade de decorar gestos, o sabor da pele e a sedução do cheiro. Sentir boca, lábios, língua, dentes, calor na pele, beijos longos e carícias lentas, demoradas, sorvidas. As mãos que descobrem o calor da pele, a gota ardente que desliza, moldam uma nova forma de corpo, prazer e denunciam mistérios escondidos a cada toque. A dança dos corpos ao ritmo certo daquele momento, da satisfação de cada anseio.
Lembro-te...

segunda-feira, novembro 07, 2005

Longe...

Na claridade artificial do longo corredor que percorríamos num qualquer fim de tarde sem qualquer magia, os meus olhos encontraram os teus e a veemência esquecida gritou sugestão. Perdi a conta aos dias em que já não te olhava, em que tu não estavas presente e acreditei que a vida era mesmo sem ti, porque tu foste instante. No entanto, agora que os meus olhos encontraram os teus no segundo que durou aquele momento, tu fazes novamente parte de uma lembrança não tão distante, não esquecida, nem difusa ou apagada. És fôlego que não preciso alentar, um arfar que me avigora, és o arrepio do corpo antes da lembrança estar completa, o momento vivido e desfrutado até ao máximo do prazer que te traz a certeza de uma espécie de felicidade plena. Surpreende-me o facto de te lembrar tão bem... O olhar que dá vontade de viver lá dentro, o teu corpo que aproximava o meu, o toque quando naquele abraço me envolvias e estranhamente senti que me era um lugar familiar de tão aprazível, o juntar dos teus e dos meus lábios, a respiração ofegante e a voluptuosidade que os nossos corpos exalavam enquanto perto, muito perto, já fundidos... Não são saudades aquilo que sinto nem vontade de acreditar é talvez o desejo de estar perto e olhar os teus olhos, para de novo te encontrar e voltar a ver em ti a pessoa que lembro.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Quando cruzas o meu caminho obrigas-me a pensar-te e a equacionar o que de ti ficou e o que da lembrança de nós ainda resta.
Exiges que perceba que de ti quase nada permanece em mim senão apenas numa distante lembrança, que faço questão de guardar para ainda te olhar nos olhos e me lembrar o que te via nessa altura. Por agora só o vazio, o silêncio e o nada dentro de mim quando por acaso os nossos caminhos se cruzam. És apenas lembrança adocicada com a pitada de desengano que tão bem soubeste trazer, és uma sombra de desilusão pouco importante que a minha alma abarca, por apenas ter acreditado que um dia podias ser brilho incandescente.
Não sei como foi possível passares de magia e encantamento a obscuridade e a lembrança do teu abraço ser tão remota e toda a pessoa que via em ti tão abstracta. No entanto essa foi a tua escolha, mostrares-me uma pessoa assim em ti.
Por isso, nos dias em que não te cruzo no caminho escolho não te lembrar, porque não gosto da pessoa que agora vejo.

terça-feira, novembro 01, 2005

Entrega...

Gostava que fosses gota de perfume que desce pelo meu pescoço e decote e é absorvida pela pele perto do seio ou uma gota de água de um banho tépido que se forma na minha nuca e vem acarinhando a minha pele, que se arrepia, até ao fundo das costas. Gostava que fosses dedos que abraçam as minhas pernas até ao interior das coxas... e lábios e língua que beijam todo o meu corpo, ficando o espaço entre nós repleto com a expressão do nosso desejo.
Só te queria saborear desta forma tão presente, sem tempo e com espaço, sentindo-te bem perto e saber da verdade do momento.
Não quero ter necessidade de te inventar em histórias e situações mais pequenas e sem graça, até porque te sei sem futuro em mim, no entanto é desta forma que espero, quero e preciso que a verdadeira essência aconteça, só sabor, sentidos, entrega e a alma saciada.