quinta-feira, novembro 30, 2006

Contigo a idade tem um peso extraordinariamente leve. O tempo que temos acomoda-nos, como quem se aconchega num edredon fofo antes de adormecer.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Tu, adocicas-me...
Se já não me tens,
tenho que me procurar noutro lugar.
Devo ter ficado perdida entre a
minha vontade de te viver
e o mundo que comigo partilhaste.
E se ainda assim não me encontrar
em vontades e quereres (?)
Tenho que me procurar nas
tuas palavras antigas, no teu peito
porque aí tenho a certeza
de encontrar uma parte de mim...
A parte que te dei.
Ainda é quando penso no teu sorriso,
na vontade de me ouvires,
no olhar em que me bebias
que sinto aquele calor até
ao fundo da alma,
que preenche e deixa tamanha saudade.
Tenho que me procurar em ti,
porque foi em ti
a última vez
que me encontrei a sorrir,
com asas para sonhar.

terça-feira, novembro 21, 2006

- Estou?! O que é que tu queres?
- Uh?!
- Estou a perguntar o que é que queres!
- Eu queria saber se estás boa!?
- Saber se estou boa?! Queres mesmo saber se estou boa?!
- Tu és igual a todos os outros, chegas, gostas de ser seduzido e de seduzir, enganas e depois fartas-te e vais embora, sem sequer ter a coragem de mo dizer na cara, a olhar nos meus olhos.
- Estás muito longe da pessoa que queres ser, essa pessoa honesta e íntegra que não engana, não trai e não se acobarda.
- Mentiste-me tantas vezes! A mim, a ela e de certeza a ti mesmo. E sabes que mais, mesmo que um dia lhe contes para ficares mais leve, para teres menos culpas, isso não te vai tirar peso, nunca terás agido certo, serás sempre uma mentira, um engano e a cobardia de quem não teve força, nem para dizer nos olhos, já chega.
- É por tudo isto que és igual aos outros e não vales a pena. Que continuas muito longe da pessoa que achas que és, que eu pensava que eras.
- Por isto tudo, Adeus!
- Uh, mas...?!
- Não te admito que digas nada, porque não tiveste coragem. Fica aí calado na tua cobardia!
...
- Apagar este número de telefone?!
- OK!
Foto: Heidelberg
Sinto-me apaixonada por cada imagem tua nas ondas revoltas dos dias!
Foto: Paulo Madeira
Nem consigo começar a pensar nas saudades que tenho de ti. E de mim, contigo!

Foto: Vanessa Braun

Foste a descoberta em mim... E nunca chegaste a saber o quanto eu estava disposta a tentar.
Foto: Mbfotografia
Sempre que não consigo pensar em ti, não consigo respirar e o peito fica tão apertado de saudades de mim quando estou contigo.
Já me dóis!

quinta-feira, novembro 16, 2006

Quando me lembro de me arrepiar por tudo o que vivi contigo, deixo de conseguir respirar!
Foto: Gal Skrywanie
"Continuas um príncipe e eu continuo a sentir falta. Não de ti, mas do que me fazias sentir. Não do teu toque ou do teu beijo mas de um toque e de um beijo como o teu. Da forma como a tua mão, distraída, passeava pelo meu peito adolescentemente ofegante, apaixonadamente sem ar. A minha memória de ti tem cores fortes e nítidas. Ou a minha memória de adormecer abraçada a ti e às conversas que tínhamos depois do sexo tem tons saudosos. Gostava de partilhar o meu sono contigo. De acordar contigo a sorrir para mim. De sair de casa e saber que mais tarde te ia ver outra vez e que ia ser tudo bom. Outra vez. Sempre gostei que as pessoas tivessem a distância que acho que elas devem ter de mim. Nem mais nem menos. A ti sempre te quis perto. Continuo a querer-te perto. E nestes tempos de solidão acompanhada, falta-me alguém que, ao contrário de ti, seja a pessoa certa na altura certa. Não são saudades de ti que sinto. São saudades de mim." from http://cenasdegaja.com/

quarta-feira, novembro 15, 2006

Os teus beijos acendem o meu desejo
sacias a tua sede nos meus lábios.
Gosto quando não nos resistimos
e que não queiramos resistir-nos.
Não interessa sentirmos o medo sussurrado
do poder que temos um sobre o outro
porque na verdade sabemos bem
quem controla não sou eu,
não és tu
é esta vontade que um pelo outro sentimos
que nos faz sentir bem e
estar assim...
horas e horas
prontos a nos entregarmos.
A verdadeira beleza está em deixarmos uma pessoa ir para ser feliz e ela voltar aos nossos contornos à procura dessa felicidade.

domingo, novembro 05, 2006

"Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas:
São loucas! São loucas!
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz qu'estás sempre comigo."
Barco Negro