sexta-feira, maio 11, 2007

Brilhas em cada noite como nunca antes. A tua luz incomoda-me a ponta da desesperança que levantas com o teu sorriso.
Contigo não preciso lutar, porque tu nunca te dás por inteiro e muito menos ao olhar atento dos dias. A ti, não preciso de impedir que me arrebates da mornidão dos dias com um olhar, nem te evitar as mãos, quando o teu toque começa a impor-se com a aparente subtileza das horas mornas. Contigo não luto e vou fingindo que não penso.
Sinto-me arrebatada pela força do teu olhar e a minha perplexidade perante o que afinal, és!
Os teus momentos derretem-se no meu peito e agarram-me a alma, gota a gota, perante a explicação dos meus sorrisos para ti. Só posso falar-te de como ainda não pousei desde que me levaste a voar e é inacreditável como tudo acontece como da primeira vez em que te vi.
As palavras ainda me saem dos dedos com o tremor de quem é apanhado de surpresa e não tem tempo sequer para pensar.
Cada vez que o meu olhar te encontra, não existe tempo para passar a tua luz para o papel, mas posso dizer-te que é impossível não sorrir perante a força do teu sorriso. O que dizer de alguém que sempre que vemos é como se fosse a primeira vez, de alguém que nos leva a voar, que nos surpreende com algo diferente, que nos faz balançar num sonho tão morno, que é tão simples mas ao mesmo tempo tão pouco comum...?!
Perco a noção do tempo desde que sorrio sempre que o meu olhar te encontra.
por palavras de angel_inside in http://armadilhadaspalavras.blogspot.com/

Foto: Kazuo Okubo

terça-feira, maio 01, 2007

Só me apetece chorar à tua frente para saberes que é por ti que choro.
Porque prometes vir e depois não vens!?
Tenho o meu amor guardado dentro de uma caixa apertada que dói no peito.

Foto: Elena Vasileva

Hoje apetecia-me companhia, mas mais nenhuma para além da tua.
É uma loucura viver-te assim, com tanta vontade de ti, de nós, porque sei que nunca te vou ter por mais que um momento. Não estou certa que isso baste para mim.
É tão intensa a forma como te sinto, como sei que somos quando juntos, um só que estremece o meu corpo, uma leve passagem de segundo pelo tanto que poderíamos viver.
Adoro envolver-me contigo e quando não estás, com a lembrança adocicada que tenho de ti, sempre, a cada minuto. Deixo-me enrolar nesta história que vamos construíndo, que mesmo quando tento fugir, e já tentei várias vezes, ela não me liberta.
Sinto tantas saudades! Dé nós - apenas um só.
Não sei se fico feliz por ainda aí estares ou triste por saber que não te vou ter.
Foto: Thomas Doering