Naqueles momentos em que fico muito quieta, o peito grita um sussurro surdo por saber que tu existes e eu saber como é existir contigo.
Inundam a memória os momentos nossos dos quais conhecemos o sabor porque estivemos lá e nos permitimos viver.
Lembro o teu sorriso, a tua expressão serena a dormir ao meu lado, a vida que era tua e ma deste para dela desfrutar o que quisesse. Daí o meu à vontade, a minha vontade de viver no meio das tuas coisas, dentro de cada dia teu.
Devia ter escrito na parede imaculada à cabeceira da tua cama para ainda aí me teres. Às minhas palavras, ao meu sabor, ao meu cheiro e calor. Mas naquele momento só me parecia que aquele era o caminho certo, o sítio onde pertencia e que viveria o nosso despertar em cada manhã tantas outras vezes...
Foto: Mário Vidor
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