Pequena
Acordei da paz e da tranquilidade que envolvem o mundo que criei para conseguir viver neste, porque a realidade por si só nunca me chegou.
Despertei abruptamente através do dossel quente multicor, como acontece nos pesadelos que nos perturbam mesmo depois de acordarmos. Senti o coração a bater rápido, o pulso acelerado, senti-me pequenina de novo como quando fazia uma asneira e o mundo podia muito bem desabar só por minha causa!
É engraçado como sou tão menina nestas alturas e sempre que um pesadelo de cores cinzentas vem tirar o cor de rosa dos meus dias, só preciso de uns braços para onde correr muito rápido, esconder-me lá no meio e por lá ficar até ter coragem de olhar de novo este mundo onde sou uma mulher...
Hoje na altura que me o meu coração bateu tão rápido, só queria ter os teus braços para me apertar, as tuas mãos para me afagar os cabelos, o teu olhar confiante e o teu sorriso com a certeza que estarias ali.
Queria que me abraçasses e numa voz rouca, cheia de ternura me perguntasses se estava bem.
No entanto não te o vou dizer, estou habituada a impor-me resolver tudo sozinha. Mas a verdade, digo agora que não me podes ouvir, no dia que me abraçares assim... tudo estará bem.
1 Comments:
"Não há coincidências!", dizes. Não acredito. Se acreditasse, o não te ter ouvido quando tentei serviria apenas para tornar ainda mais negro um dia sem Sol.
Hoje, como na grande maioria dos dias, o teu nome ecoou na minha cabeça a cada minuto que passava. A minha vontade era sair dali, deixar o meu corpo, ir ao teu encontro...
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