quarta-feira, outubro 26, 2005

Hoje, dia para passar debaixo dos cobertores. Mais uma vez aquela sensação de claustrofobia, de angústia como se este mundo não me bastasse, os locais que frequento fossem demasiado pequenos e os dias tenham perdido o brilho ou a alegria de quem os vive. Não encontro a paixão e a certeza do que quero e do que vivo, aquele sentimento tão nosso que nos faz levar cada dia com a sofreguidão de viver cada segundo ao máximo e aproveitar esta vida como a conhecemos. Quando sair debaixo dos cobertores tenho que procurar novamente esse sentimento, tão de cada um de nós e como a minha boa vontade não me auxiliará, porque não sei onde se encontra, não será uma tarefa nada fácil. Acordo e sinto que sou vazia que tudo o que ontem, a última vez que me lembro de me sentir, me enchia o peito e o espírito se foi não sei para onde, simplesmente partiu de mim sem nenhum aviso ou recomendação. Preciso procurar o meu recheio, mas para isso tenho de ir ao fundo de mim e não sei se hoje me sinto capaz. Um dia debaixo dos cobertos, na cobardia que me "protege". Mas não pode ser assim, porque o mundo não pára só porque eu peço para ficar a lamber feridas num qualquer canto escuro...