segunda-feira, outubro 10, 2005

Noutros tempos...

É engraçado como me lembro tantas vezes de ti, como sei e sinto agora que marcaste a minha vida e como sinto falta de ti, não da mesma forma, porque sei que não resultaria e só nos iria magoar, mas desta forma de carinho que ficou por ti. É habitual ouvirmos muitas vezes que só damos valor a muita coisa depois de a perdermos, mas no teu caso não é nada assim. Sempre soube que um dia iria ter saudades tuas, de olhar para ti, de me perder nos teus braços, ouvir e sentir os teus carinhos, sempre soube que podia não te amar como precisas ser amado, mas sempre amei tudo o que me deste. Lembro-me de ti, muitas vezes sem razão aparente e revivo tudo o que sentia na altura, um enorme prazer de sentir o peito cheio de ti e do teu amor que tão bem me transmitias e a nostalgia e certeza que um dia tudo isso já não me seria dirigido. Lembro-me tantas vezes de quando me abraçavas, enquanto me afagavas os cabelos e beijavas a cabeça, de olhares para mim e me dizeres que gostavas tanto de mim e que não querias que discutissemos porque as palavras não importam, de com o teu amor me satisfazeres os caprichos e no fim ainda tinhas palavras repletas de tudo para me dizer, de te sentir tão perto que só me apetecia ficar abraçada a ti, porque me sentia amada e protegida e tinha vontade de chorar, mas não de tristeza, só felicidade. Lembro-me tantas vezes de ti, tenho vontade de te falar para saber se estás bem e dizer tudo o que nunca te disse quando podia, quando isso ainda era importante, porque sempre soube que não irias compreender. Senti-me tantas vezes tão distante de ti, porque sabia que te magoava sem querer e tu olhavas para mim como quem queria entender e eu não conseguia explicar. Entretanto, ficou tanta coisa por dizer, tu já não queres ouvir, eu não quero falar, já não importa, porque já não nos procuramos. No entanto, ficaste tatuado em mim e nunca saberás a importância que tiveste na minha vida. Desejava que um dia quando nos encontrarmos, olhasses nos meus olhos e percebesses tudo o que escrevo, sem serem precisas palavras e sintas o "tamanho" daquilo que fomos. Mas parece que nunca saberás!...