sexta-feira, outubro 07, 2005

Inconsequente

"Uma aventura não recomeça, nem se prolonga."
Sartre
Hoje apeteceu-me começar assim, na verdade nem é bem um começar porque o meu mundo não pára de rodar só porque nasceu um novo dia.
Tudo o que é teu, mesmo efémero foi deveras importante e especialmente casual, como tudo acontece quando se trata de ti. É efémero porque não te conheço, não sei o que pensas, o que sentes.
Mesmo que se torne difícil explicar, sei exactamente tudo o que me mostras-te e como foi bom espelhar uma nova perspectiva em caminhos antigos e gastos pelos dias. Vieste para me mostrar que a vida não precisa ser pensada a cada segundo, pode ser vivida e a felicidade pode chegar quando menos esperamos ou nas mais pequenas coisas.
Não me importa se os nossos momentos tenham sido aqueles e sejam efémeros, fico feliz por tê-los vivido e por tê-los vivido contigo, uma pessoa que sempre me inspirou. A realidade é que não tem directamente a ver contigo, com a pessoa que és porque não te conheço, mas sim com a importância da vivência naquela altura, que me faz acreditar que não existem mesmo coincidências e que nos cruzamos com as pessoas certas quando precisamos de respostas. Sim, foi contigo e ironicamente foste mesmo tu que me mostras-te o que precisava ver.
Na nossa última conversa disseste que temos muito que falar e que mais uma vez ficava algo pendente entre nós...Achas mesmo?!...Porque estranhamente sinto o mesmo, mas já me enganei por outras vezes.
Na verdade, acho que daqui a uns tempos me sentirei rídicula por escrever uma palavra sequer por ti, mas agora é o que preciso.