quinta-feira, junho 28, 2007

Dentro do meu peito, penúria.
Sinto como se o tempo parasse, como se não vivesse os minutos desocupados do dia e a vida não contasse realmente fora da cabeça cheia de responsabilidades.
Tenho saudades dos segundos em que vivia, que nos vivia, que te vivia e que me vivia com um outro alguém. E agora já nem és tu, ou tu, ou tu a personagem que falta do outro lado. Agora, do outro lado, só um tempo vazio, uma cara abstracta, apenas leves sensações de que fui feita um dia, do que procuro durante uma vida.
Os dias passam, o peito aperta-me e tento disfarçar o vazio de uma vida cheia de coisas que não chegam para me encher a alma ou alimentar o espírito.
Já nem lembro antigas ligações a um passado aliciante, cheio de promessas.

Foto: Cernat Catalin