São tantas as vezes que sinto, que um grito mudo sufoca as palavras e então, fica apenas o meu silêncio.
Foto: Stanmarek
"As palavras são como gomos de laranja. Doces ou amargas, saboreio-as como únicas e deixo que elas me pinguem sumarentas no papel."
1 Comments:
Canta (e digo canta, porque há nomes que não morrem e há vozes que não se calam) e escreve Amália : "Do silêncio faço um grito/ E o corpo todo me dói."
Escrevo, mas não canto, que no silêncio moram os desejos, os sonhos e, não raras vezes, a angústia. A angústia de um sonho, que sendo um desejo, não se concretiza, não se materializa, não acontece. A angústia de um sonho desejado que aconteceu e terminou e deixou escrita no silêncio a sua marca. A angústia de um lágrima materializada num silêncio que, por vezes confortável, é depois sufocante e sofrido e marcante e demolidor.
Como se liga isto ao teu post? Não sei. Mas que seja a nossa vida em comum baseada não numa linha recta, esticada, direita, mas num novelo complexo e eu viverei bem com isso.
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