terça-feira, dezembro 05, 2006

O que me amarfanha o feitio é a facilidade com que me tiras da tua vida.
Não estarias tu também lá, a viver como eu o que foi nosso?
Hoje já não precisámos ouvir a nossa voz, já não te inquietou o espírito um toque com o recado: Estou a pensar em ti. Não me endereçaste uma mensagem a perguntar pelo meu dia, nem me deixaste saber que querias estar comigo: Vamos beber café e falar um bocadinho, como nestas últimas semanas.
Tudo isto para eu então saber que agora já não é em mim que pensas, comigo que estarás ou procurarás o meu olhar só para te inundar do desafio que gostas.
Assusta-me a facilidade com que me consegues apagar dos teus dias.

Foto: Nicola Ranaldi

1 Comments:

Blogger little_alien said...

Há dias em que cada passo é mais um castigo de Deus. Parece que os sapatos que vês enfiados nos pés nem sequer são os teus. À noite voltas a casa, ao porto seguro, e para sarar mais esta corrida, vais lamber a ferida, para o canto mais escuro.
Não fui que o escrevi, mas bem podia ter sido. Estou cansado. Apetece-me esticar os braços, deixar que me ergam numa cruz e ali ficar para que a vida faça de mim o que quiser. Mas não é isso que vai acontecer. Chegou a altura de mudar, minha amiga. Levantemos ambos a cabeça, esbocemos um sorriso, olhemos em frente e acreditemos que o céu é o limite... Preciso também de ti para ser feliz, e a ti vou buscar muito do que sou diariamente. Dá-me a tua mão... Vá, dá-me a tua mão... Larguemos os nossos medos... Continuaremos a caminhar lado a lado...

10:19 da tarde  

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